À medida que certas restrições do governo em torno da pandemia do COVID-19 começam a diminuir, muitas organizações enfrentam agora a esmagadora  tarefa de devolver seus edifícios à plena ocupação.

Análise microbiológica de superfícies

Será necessário seguir um novo método de limpeza de superfícies e ambientes? Um que inclua alguns serviços de teste, inspeção e conformidade que visam preparar os negócios para os edifícios, incutindo aos empregadores mais confiança e segurança quanto à saúde, segurança e higiene ocupacional, à medida que continuam a tentar operar durante estes tempos incertos.

Para que os empregadores permitam que os funcionários retornem ao trabalho com segurança, é imperativo que os empregadores implementem procedimentos atualizados de monitoramento de saúde e segurança.

Em resposta, a SOCOTEC, fornecedora líder de serviços de teste, inspeção e conformidade do Reino Unido, introduziu um novo procedimento de swab ambiental para determinar a presença de SARS-CoV-2 (Coronavírus) em superfícies em vários ambientes do local de trabalho.

No Reino Unido este novo método foi adotado, devido aos resultados das pesquisas preliminares que indicam que o vírus COVID-19 possui tenacidade prolongada nas superfícies, com o contato através de superfícies contaminadas sugerido como uma possível causa de infecção. Os resultados permitirão que a gerência implemente procedimentos de limpeza adequadamente direcionados para minimizar o risco de transmissão, permitindo que os funcionários retornem ao trabalho com segurança.

Nos EUA, numa série de experiências em laboratório, Vincent Munster, virologista do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas, e alguns colegas demonstraram que o vírus pode continuar ativo até 24 horas num copo de cartão; e três dias numa superfície de plástico ou metal. O vírus, contudo, degrada-se naturalmente em poucas horas sem um hospedeiro, concluíram os cientistas.

 

 

Testes de imunidade na população começam no dia 25 de Maio

Vão ser selecionadas 1.720 pessoas com 10 ou mais anos e 352 crianças até aos nove anos que recorram a um dos cerca de 100 laboratórios ou hospitais do SNS parceiros para a realização de análises laboratoriais de rotina. Os resultados do inquérito serológico vão ser conhecidos em julho.

A primeira fase do inquérito piloto para conhecer o nível de imunidade ao novo coronavírus em Portugal vai arrancar já em maio e envolve 2.070 pessoas, entre as quais 350 crianças até aos 10 anos. De acordo com o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA) a amostra desenhada pretende representar a população portuguesa de todas as idades de modo a obter estimativas nacionais, estratificadas por região de saúde e por grupos etários específicos.

O inquérito sorológico tem como finalidade conhecer a percentagem de pessoas que têm anticorpos contra o novo coronavírus SARS-CoV-2. Os investigadores do INSA consideraram que seria “muito importante” estudar também “as crianças abaixo dos 10 anos porque é um grupo que não tem sido muito atingido por esta pandemia e, portanto, importa perceber se isso se reflete no maior tipo de anticorpos ou não”. O estudo conta com a colaboração de uma rede de cerca de 120 laboratórios de análises clínicas ou hospitais parceiros do projeto.

O INSA irá realizar uma série de estudos transversais, de acordo com a evolução da epidemia de modo a monitorizar a evolução do nível de anticorpos contra SARS-CoV-2 na população portuguesa.

Resultados conhecidos em julho

Os resultados deste primeiro estudo deverão ser tornados públicos ainda durante o mês de julho.

Segundo o INSA, os estudos transversais subsequentes serão realizados cerca de cinco meses após o primeiro estudo e posteriormente de três em três meses até um ano (total de quatro estudos), podendo estes trabalhos de investigação ser ajustados de acordo com o curso da epidemia de modo a responder às necessidades de informação de cada momento.

Fonte: SNS